Um serviço voluntário oferecido por radioamadores conseguiu reunir mãe e filha que estavam separadas há 32 anos. O encontro aconteceu na sexta-feira (17), em Araraquara, a 273 km de São Paulo.
“Faltava um pedaço de mim. E eu não queria morrer sem vê-la, porque já pensou morrer sem ver minha filha?”, desabafou a aposentada Evenilde Freitas. Ela enviou uma carta para o radioamador José Aparecido Peccetti pedindo ajuda para encontrar a filha perdida.
Ele é parte do grupo que já conseguiu localizar 1,8 mil pessoas nos últimos 11 anos por meio de uma rede de radioamadores. O trabalho voluntário conta com o apoio de quase 2 mil unidades de rádio por todo o país, além de 188 no exterior. Todos os dias, o grupo recebe de 30 a 35 cartas. Em uma delas, veio o pedido de Evenilde.
Ela se separou da filha quando ainda morava no Paraná. “Ela é a mais velha e foi trabalhar em Curitiba com uma família. Depois, ela queria nos levar, mas nós não fomos. Aí perdemos o contato e não vimos mais”, conta a aposentada.
Peccete, também conhecido como Zinho Uirapuru, entrou em contato com amigos em Curitiba. “Localizei ela numa churrascaria. Falei ‘olha, tem como eu conversar com ela?’. Aí passaram o número. Liguei e Deus fez uma coisa tão maravilhosa que justo ela que me atendeu."
A filha, Zilda, já chegou chorando à casa da mãe. Muito emocionadas, as duas se abraçaram e mataram as saudades. A mãe, Evenilde, foi categórica após o reencontro: “vamos ficar sempre perto uma da outra”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário